
terça-feira, 27 de maio de 2008
A teoria do poder do útero.

segunda-feira, 19 de maio de 2008
Ensaio para uma analise do Estudante de Coimbra

Dentro do escasso campo, nº de casos observáveis, e partindo de uma observação subjectiva consegue-se diferenciar de forma redundante e superficial o estudante de Coimbra.·
Sujeito em mutação temporal devido a factores introdutórios mais recentes, o Processo de Bolonha, alterações no ensino básico e secundário, alterações sociais, económicas e culturais em Portugal, entre outros, pode-se considerar que não é necessário ser-se um génio para concluir um mera licenciatura e de igual medida pode-se considerar que é necessário o mínimo de classificações para entrar no ensino Superior, ter concluído o ensino secundário e ter tido uma média necessária. Considera-se também que independentemente do curso é necessário efectuar exames para concluir uma cadeira.·
Enunciadas estas hipóteses básicas vejamos como é que se pode agrupar os estudantes de Coimbra começando pelo caso extremo de um fora de série, ou seja alguém que tem notas 40% superiores à média do curso, por exemplo: alguém que tem média igual ou superior a 16.8 sendo a media geral de 12 valores. O aluno fora de série pode-se dividir em dois, o estudante génio e o estudante trabalhador.
Geralmente estão interligados mas em certos casos pudem não estar, geralmente trata-se de indivíduos que já detinham conhecimento prévio do curso e do que vão ter de estudar, que têm uma orientação cuidada própria e, ou, por terceiros, têm auto-capacidade organizativa e destacam-se por uma singularidade de carácter. Na prática os sujeitos fora de serie podem não englobar todas estas características mas detém parte delas em menor ou maior grau.
Em Coimbra quem detém um conhecimento avançado necessário e antecipado do curso a que se candidatam, são muitas das vezes familiares dos docentes que vendo-se a viver num meio conhecido tem maior capacidade em lidar com a transição escola-universidade, adoloscência-vida adulta, ou indivíduos com uma elevada capacidade de auto-controlo e organizativa que tenham uma elevada estabilidade emotiva. Pode-se pensar que há indivíduos que contradizem estas premissas mas são os casos pontuais que reforçam estas ideias gerais.
Devido às suas características estes indivíduos são aqueles que mais beneficiam do ensino actual pois não necessitam do mesmo, para adquirirem o conhecimento necessário para conseguir uma boa classificação final, e, ou têm capacidade organizativa diária para se manter a corrente do conhecimento discorrido ao longo do semestre e conseguem através de várias fontes internas e externas decifrar o conhecimento requerido para uma boa classificação.
O caso seguinte é o aluno mediano. Este indivíduo situa-se na margem da aprovação final. Como é um caso de produtividade marginal, tanto pode ser aprovado como chumbado dado que o conhecimento que demonstra é apenas o necessário para a satisfação do professor, sendo esta uma variável descontinua de docente para docente. Há casos extremos da produtividade marginal ter sido sempre igual à exigibilidade marginal da cadeira para a sua aprovação e há casos em que a produtividade marginal é sempre inferior à exigibilidade marginal do docente. Na generalidade dos alunos medianos a variação desta igualdade não é muito elevada, conseguindo ser aprovado a metade ou pouco mais, ou reprovando a metade ou pouco mais, por exemplo em dez cadeiras ser aprovado no mínimo a três e no máximo a 7. Atenção estes valores respeitam critérios conservadores de variação e é uma generalização da realidade.
Trata-se de alunos com um autocontrolo e organização relativa, que varia de cadeira para cadeira e de ano para ano, mas que já tem alguma linha de orientação, auto induzida ou por terceiros.
O caso final é dos alunos que tem insucesso contínuo. Este ultimo caso é um caso extremo de alunos que não conseguem efectuar mais do que duas cadeiras por ano, que não têm auto controlo e organização no estudo das cadeiras por as mais diversas razões, a sua diversibilidade é elevada visto que é mais fácil explicar o sucesso que o insucesso pois para atingir este ultimo estado basta efectuar pouco trabalho académico e o aparente desinteresse pode ter as mais variadas razões. Ex. Falta de vocação, desequilíbrios emocionais, desinteresse gerado pelo insucesso, falta de conhecimento adquirido previamente.
Esta curta reflexão pode e deve ser melhorada, quer a nível teórico, quer a nível prático. Uma análise estatística permitia identificar as variabilidades dos alunos medianos, a quantidade de alunos fora de série ou alunos de insucesso contínuo, uma análise psicológica permitia identificar com rigor as características individuais de cada aluno tipo, as causas do sucesso e do insucesso escolar, ou mais interessante ainda qual é a barreira existente para os alunos medianos com sucesso relativo se tornarem alunos fora de série e quais são as medidas que se pode tomar para que os alunos de insucesso contínuo se tornem alunos medianos.
Pensem nisso.